quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

CAMINHADA MUSICAL

Apresentação

2023 está sendo um ano promissor. Mal começamos e a vida vai tendo desdobramentos que não esperávamos.

Muita coisa vem nos surpreendendo...teremos um ano bom!

Estou muito feliz por receber o convite honroso para colaborar com o ministério de música da IPB Filadélfia aqui em Goiânia, grato ao Rev. Luciano e ao conselho da amada igreja.

Começamos pela apresentação e Gratidão. Convido amigos e irmãos para está caminhada musical.


Vamos lá!

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

7 anos


SONETO DE JACÓ
(Camões)

Sete anos de pastor Jacó servia,
A Labão, pai de Raquel, serrana bela.
Mas não servia ao pai, servia a ela
Pois a ela, só pro prêmio pretendia.
Os dias na esperança de um só dia
Passavam-se, contentando-se com vê-la
Mas Labão, usando de cautela,
em lugar de Raquel, lhe dava Lia
Vendo o triste pastor que com enganos
Assim lhe fora negada sua pastora
Começou de servir mais sete anos, dizendo
Mais serviria, se não fora, para tão grande amor, tão curta vida!

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

POEMA PARA A VIDA ADOLESCENTE


 *POEMA PARA A VIDA ADOLESCENTE* 

Nunca se sinta excluído, pois vc foi escolhido

Não se sinta rejeitado, pois vc é muito amado

Nunca pense que vc é incapaz, pois vc tem dentro de vc tudo que é preciso para ser capaz.

É preciso se permitir aproximar e deixar o outro aproximar. Isto se chama acolhimento!

Aproximação é o primeiro passo para a conexão. A conexão possibilita as verdadeiras amizades, o amadurecimento, a evolução do amadurecimento entre duas pessoas.

Quanto somos pequenos, muito pequenos…somos raros, únicos, belos, 

Precisamos sentir confiança primeiro, para depois haver entrega, permissão, conexão.

Olha só..todos nós tivemos grandes dificuldades na infância, alguns de nós nem conseguimos falar…

A faculdade é um ambiente de superação, muitos de nós estamos aqui não por causa do que é científico, mas por causa de um alcance de superação, de amizades, de construção do que foi destruído, reconstruir o que foi derrubado, encontrar o que foi separado, sentirmo-nos importantes, nem que seja por um momento, tudo terá válido a pena, o esforço o sacrifício.

O lugar de encontro, de surgir novas amizades, 

Sentirmos abraçados, 

O olhar da pessoa acolhe a gente…podemos acolher apenas com um olhar.

Espelho, Símbolo da verdade

Autoconhecimento, Realidade, Brilho…

A vida é pra quem tem coragem - Gal

Podemos ver mais dentro das pessoas e as pessoas verem mais dentro da gente

Compreensão, aproximação, sequência…tudo isto será sequência!


Walter 19/10/22 DH

sábado, 20 de agosto de 2022

 


Pequena opinião sobre a hinologia de Martinho Lutero

Ao querido pastor Rev. Marcos Nass. GYN/2022

Leitura de artigos, livres para consulta e citação, publicados no site:

https://musicaeadoracao.com.br/hinologia

 

Martinho Lutero Contra o Extremismo Musical

A exemplo do que ocorreu na Reforma Protestante, todo empreendimento de inovação musical precisa ser tratado com cautela e critérios

por: Joêzer Mendonça

Depois de ter passado um ano escondido no castelo de Wartburg, Martinho Lutero voltou para a mesma Wittenberg onde havia publicado suas 95 Teses que acenderam o pavio da Reforma Protestante. Ao chegar lá, ele se deparou com um panfleto com 53 tópicos combatendo o formato da missa, tanto a ministração em latim quanto a música. Para Andreas Karlstadt, autor das críticas, a missa deveria ser celebrada na língua alemã e o canto coletivo deveria ser uníssono, representando a unidade do corpo de Cristo.

Era março de 1522 e tudo estava mudando: havia cristãos que não mais eram católicos, navegadores davam a volta ao mundo e o livro era uma novidade.

Nesse cenário em mutação, muitos esperavam que Lutero apoiasse o levante contra a liturgia romana, até porque ele mesmo era um crítico excomungado do poder papal. No entanto, Lutero rejeitou a reforma litúrgica de Karlstadt e preparou uma série de oito sermões apontando que a reforma luterana da liturgia não seria radical.

As propostas de Lutero preservaram o aparato cerimonial da missa católica, cuja música, linguagem e ornamentações possuíam alto valor simbólico na mente religiosa popular. Não era seu objetivo primordial modificar em demasia aquele ritual e aquela música, visto que ele desejava que as pessoas cantassem textos com os novos princípios teológicos, ainda que a música não fosse diferente. Desse modo, ensinava-se a nova teologia por meio da música sacra previamente conhecida, sem, a princípio, modificar substancialmente suas melodias.

Lutero esclareceu que sua intenção não era extinguir a liturgia: “[…] não é nossa intenção eliminar o serviço [litúrgico], mas restaurá-lo novamente para seu uso correto” (“Concerning the Orders of Public Worship”, Luther’s Works 53, p.11).

Seguiu-se, então, uma variedade de práticas. Em algumas cidades, cantava-se partes da missa (como IntroitoKyrieAgnus Dei,
Gloria
Credo) em latim ou em alemão, usava-se canto polifônico ou músicas mais simples, canto melismático (várias notas feitas em uma sílaba) ou canto silábico (uma nota para cada sílaba). Lutero concordava com essa variação idiomática e musical. “Que cada igreja tenha a música segundo seu próprio livro e costume. Pois, eu mesmo não gosto de ouvir as notas, em um responsorial ou noutro cântico, modificadas daquilo a que fui acostumado na juventude. Estamos interessados em mudar o texto, não a música” (“Preface to Burial Hymns”,
Luther’s Works 53
, p. 328).

Vamos analisar esse parágrafo de Lutero ponto a ponto. Primeiro, quando Lutero escreveu: “que cada igreja tenha música segundo seu próprio livro e costume”, ele entendia que as cidades e igrejas alemãs tinham seu próprio ritmo de adesão às mudanças e que poderiam conservar coletâneas musicais de acordo com suas tradições. Por isso, Lutero aconselhava as igrejas a entoar os cânticos em latim juntamente com cânticos em alemão quando achassem necessário.

Em segundo lugar, ao dizer que não gostava de ouvir cânticos modificados em relação ao que ele estava acostumado desde a juventude, Lutero compartilhava o antigo fato de que os mais velhos gostam de cantar os hinos do jeito que faziam quando eram jovens. No entanto, o apreço pelos cânticos de sua juventude não impediu que ele adotasse mudanças musicais a fim de tornar o canto coletivo mais acessível a todos.

Por último, ao escrever que estava interessado “em mudar o texto, não a música”, Lutero afirmou que o mais importante naquele momento era reformar o ensino da Bíblia antes de alterar a missa. De modo semelhante, era importante mudar as letras dos cânticos a fim de que seu conteúdo comunicasse as novas doutrinas, ainda que se preservasse inicialmente a melodia original ou o idioma, latim ou alemão.

A experiência de Lutero já havia ocorrido anteriormente entre os padres que adaptaram cantos para o louvor e para o ensino de doutrinas, e voltaria a se repetir na trajetória das igrejas cristãs. Por exemplo, os fundadores do adventismo não tinham música própria. Assim, adaptaram quase todo o repertório das igrejas protestantes da época (metodistas, presbiterianos e batistas), modificando a letra original quando queriam abordar doutrinas específicas, como o sábado, o santuário, o estado dos mortos.

A atitude dos pioneiros adventistas confirma que a preocupação dos líderes da igreja naquela época era cantar a nova teologia por meio de hinos previamente conhecidos, sem modificar suas melodias. Aliás, quando a letra original não contradizia nenhum ensino adventista, os pioneiros conservavam a letra original do hino. Naquele momento específico da história da igreja, a preocupação era com a correção teológica da letra, visto que as melodias utilizadas eram praticamente as mesmas cantadas pelas igrejas protestantes americanas.

Em resumo, ao se adotar um cântico de outra igreja cristã, é necessário atentar para a teologia de sua letra. Os pioneiros adventistas promoveram versões e adaptações a fim de não contradizer doutrinas e incorporaram nas letras dos hinos as crenças da igreja.

Semelhantemente, ao se buscar renovação, não precisamos descartar a tradição musical da congregação, os cânticos a que muita gente foi acostumada desde sua juventude.

Não é porque as gerações adultas apreciam a música sacra do seu tempo de juventude que se irá impedir os novos cânticos jovens. É bom ter em mente que todo empreendimento de inovação musical precisa ser tratado com cautela e critérios, sem extremismos tradicionalistas ou liberalizantes.


Joêzer Mendonça, doutor em Musicologia (Unesp) com ênfase na relação entre teologia e música na história do adventismo. É professor na PUC-PR e autor do livro Música e Religião na Era do Pop


NOTA: Observação dos editores do Música Sacra e Adoração

O texto, bem escrito e preciso – aliás, como grande parte dos textos escritos por este autor – deixa de abordar um aspecto que consideramos importante: Ao alterar gradualmente o cântico congregacional da igreja luterana, Lutero preocupava-se em qual seria a influência que esses cânticos teriam sobre a espiritualidade de sua igreja.

Ele foi muito cuidadoso com a seleção do material musical a ser utilizado neste novo modo de cantar a sua fé.

Dos trinta e sete hinos compostos por Lutero, um possui características de canção folclórica secular. Quinze foram compostas pelo próprio Lutero, treze vieram de hinos (católicos) em Latim, duas tinham sido originariamente canções de peregrinação religiosa, quatro foram derivadas de canções religiosas populares alemãs, e duas são de origem desconhecida. (citado por Robert Harrell,Martin Luther, His Music, His Message (Greenville, SC, 1980), pág. 18)

O que a maioria das pessoas ignora é que mesmo a melodia que foi tomada emprestada de uma canção folclórica, e que “apareceu no hinário de Lutero de 1535, foi substituída mais tarde, por outra melodia no hinário de 1539. Os historiadores acreditam que Lutero a descartou porque as pessoas associavam esta melodia com o seu texto secular anterior”. (Ulrich S. Leupold, “Learning from Luther? Some Observation on Luther’s Hymns”, Journal of Church Music 8 (1966), pág. 5)

O próprio Lutero declara que: “Estas canções foram arranjadas em quatro partes por nenhuma outra razão se não a de que eu queria atrair os jovens (que devem e precisam ser treinados em música e em finas artes) para longe das canções românticas e peças carnais e portanto, ao invés, dar-lhes algo benéfico, de maneira que eles possam entrar com prazer dentro do que é bom, e que seja proveitoso para o jovem.” (Prefácio de Lutero à coleção de Johann Walter referida por Friedch Blume, “Protestant Church Music: A History” (New York, 1974), p. 78).

Lutero sabia que melodias em estilos que remetem às canções mundanas denegririam a imagem do que era sagrado e dificultaria aos crentes a percepção clara da diferença entre que era mundano e o que era religioso.

Da mesma forma, o uso de canções frívolas e dançantes na música cristã contemporânea só poderá ser justificado por aqueles que não veem a diferença entre o que é divino e o que é mundano. Não podemos nos esquecer que o Deus a quem adoramos não é deste mundo e que, embora Seus filhos vivam nesta Terra, tampouco são deste mundo.


 

 

 

O Hino de Lutero

por: Rolando de Nassau

Martin Luther (1483-1546) empreendeu, na primeira metade do século XVI, uma série de reformas na Alemanha; foi um movimento de ideias e práticas religiosas, conhecido como Reforma Protestante, que teve repercussões na religião, teologia e liturgia, na hinodia, canto e música, na literatura e política. Escondido no castelo de Wartburg, perto de Eisenach, iniciou realmente a sua obra reformadora traduzindo a Bíblia do latim para o alemão. Na literatura, “Lutero é o maior escritor da língua, o Dante da literatura alemã” (ver: Carpeaux, Otto Maria, História da Literatura Ocidental, vol. IA, pp. 607-615 e 657. Rio de Janeiro: Edições “O Cruzeiro”, 1961). Na política, escreveu “A liberdade de um cristão”; quando os camponeses alemães insatisfeitos (durante muito tempo esquecidos econômica e socialmente) ouviram as palavras de Lutero, guardaram-nas e marcharam atrás de Thomas Munzer para mudar pela força a ordem social (o que Lutero rejeitava) na revolta iniciada em 1525. O movimento impulsionado por Lutero dividiu a Igreja cristã ocidental em duas facções opostas: a Igreja Católica Romana e as igrejas reformadas.

A teologia ensinada por Lutero na universidade de Wittenberg estava baseada na Bíblia, e não nas tradições da Igreja Romana; dava ênfase à doutrina da “justificação pela fé”.

Para ter uma liturgia “reformada”, foi necessário alterar a missa católica. A Igreja na Alemanha tinha desenvolvido uma tradição própria; além de usar tropos e seqüências, na língua alemã eram cantados os Dez Mandamentos, as Sete Últimas Palavras de Cristo, alguns Salmos, o Credo e a Oração Dominical, bem como cânticos folclóricos no estilo “gregoriano”.

Lutero realizou uma gradual mudança na forma do culto; modificou-o culto divino, que era celebrado na forma da missa católica, até então cantada exclusivamente pelo coro e sacerdotes, ao permitir o canto da congregação.

Na infância, tinha sido educado para tornar-se um cantor no “Kurrende“, um coro que ia de casa em casa para cantar em cerimônias matrimoniais e fúnebres. Na juventude, Lutero tomou conhecimento, e era ardoroso apreciador,da música coral de Ockeghem, Isaac, Obrecht e Josquin.

Entre 1524 e 1545, Lutero compilou nove hinários, cujas melodias eram procedentes de: 1) hinos alemães medievais; 2) hinos latinos (seqüências, tropos, etc.); 3) composições destinadas à liturgia “reformada”. Como exemplo das melodias do primeiro grupo, citamos “In dulci jubilo”; do segundo grupo, “Veni, Redemptor genitum“, “A solis ortus cardine” e “Veni, Creator Spiritus“; do terceiro grupo, “Vom Himmel hoch” e “Allein Gott in der Hoh sei Ehr“. Lutero abandonou “Aus fremden Landem komm’ Ich her“, porque era melodia usada nas tavernas.

Em 1524 foi publicado o primeiro hinário reformado, “AchtliederBuch” (Livro dos Oito Cânticos), contendo quatro hinos de Lutero. Ele contou com a colaboração de Johann Walther na publicação do “Wittenberg Gesangbuch” (Livro de Cânticos de Wittenberg); Lutero selecionou as melodias e os textos, enquanto Walther elaborava as composições polifônicas. Lutero era músico prático na direção da música de igreja; convocava compositores profissionais para ajudá-lo. Ele teve participação importante no desenvolvimento do “coral”, hino destinado à participação da congregação na liturgia “reformada”; a ele são atribuídos 37 corais,cujos textos e melodias adaptou com base no repertório usado pela Igreja antes do movimento reformista (ver: Riedel, Johannes, The Lutheran Chorale, 1967).

O mais conhecido de seus “corais” é “Ein Feste Burg ist unser Gott“(Um Castelo Forte é o Nosso Deus), cuja melodia procede do Canto Gregoriano; o texto é uma paráfrase do Salmo 46. Podemos imaginar Lutero contemplando os muros do castelo de Wartburg nos dias que antecederam seu julgamento em Worms (ver: OJB, 08, 15 e 22 out 2006). Sua confiança estava em Deus. Ele sabia que Satanás era o seu grande Inimigo; seu defensor era Jesus. Os adversários procuravam prendê-lo e matá-lo; a Palavra de Deus tinha poder para salvá-lo. Nada -ódio, ofensa, morte – poderia atingi-lo, porque o Reino de Deus é eterno! Lutero cria que o hino tinha poder para transmitir substância teológica.

O “Lutheran Book of Worship” (Livro Luterano para o Culto), publicado pela “The Evangelical Lutheran Church in America“, contém a melodia original. Os hinários brasileiros em que figura o famoso hino de Lutero são os seguintes: “Hinário Luterano” (no. 165); “Hinário Evangélico” (no. 206); “Novo Cântico” (no. 155); “Cantai Todos os Povos” (no. 409); “Salmos e Hinos” (no. 640);”Cantor Cristão” (no. 323); “Hinário para o Culto Cristão” (no. 406); “Harpa Cristã” (no. 423). [*]

No tempo de Lutero, os “corais” (hinos para a congregação) eram cantados sem acompanhamento instrumental; o órgão de tubos fazia o prelúdio;esse instrumento era usado em alternância com o coro: um verso tocado pelo órgão e o verso seguinte pelo coro e a congregação.

Quanto à data de elaboração do hino, existem algumas hipóteses:

1.Numa noite de abril de 1521, preparando-se para obedecer à intimação pelo imperador Carlos V de comparecer perante o parlamento em Worms, onde defendeu suas obras teológicas; tendo saído de Wartburg e passado a noite com os Agostinianos na fortaleza Marienberg, em Wurzburg, próxima do rio Meno; o papa Leão X tinha inscrito o nome de Lutero na lista dos hereges, banindo-o da Igreja Católica;

2.Algum tempo depois de 1521, lembrando-se do julgamento em Worms;

3.Em 1527, quando sofreu sua primeira crise renal;

4.Em outubro de 1527, por ocasião do décimo aniversário da afixação das Noventa e Cinco Teses na porta da capela do castelo em Wittenberg;

5.Em 1527, quando soube da execução de crentes reformados em Bruxelas;

6.Em 1529, por ocasião da invasão turca do Ocidente.

Lutero imprimiu o hino em folhas de papel, “SEM A MELODIA” (destaque meu), que rapidamente se espalharam pela Alemanha; em 1529, o hino foi incluído na coletânea”Geistlich Lieder” (Cânticos Espirituais), publicada por Joseph Klug.

Em 19 de abril de 1529, as autoridades alemãs que adotavam as ideias de Lutero apresentaram, ao parlamento reunido em Espira, um protesto (daí o apelido “Protestantes”) contra as medidas legislativas referentes à liberdade de culto, que significavam séria ameaça à Reforma. Neste ambiente crítico, deprimidos, mas inspirados pelo Salmo 46, os crentes cantaram o hino de Lutero.

Tímida, angustiada e sombria, esta parece ser a interpretação fiel do hino (tal como gravada, em 1962, pelo Coral Luterano de Porto Alegre, regido por Hans Gerhard Rottmann, no LP-CAVE-DAVEL-CAV4/6); e não intrépida e reluzente, como ocorre na grande maioria das execuções congregacionais e corais.

A ideologia nacionalista, apoiada por Otto Von Bismarck, Heinrich Treitschke e o imperador Guilherme II, propunha-se a tornar a Alemanha uma potência européia. Pressentindo a eclosão do pangermanismo, Harry Heine deu ao hino de Lutero a alcunha, algo jocosa, de “Marselhesa da Reforma Protestante”.

[*] – Os editores do Música Sacra e Adoração notam que este hino também está presente no Hinário Adventista, sob o no. 33. Veja também outras histórias deste hino. (voltar)


O presente artigo foi enviado ao Música Sacra e Adoração diretamente pelo autor, Rolando de Nassau. Agradecemos a ele por esta iniciativa. O carioca de 82 anos Roberto Torres Hollanda, mais conhecido pelo pseudônimo Rolando de Nassau, é crítico musical d”O Jornal Batista” desde dezembro de 1951.


 

 

 

 

Minha Conclusão:

1.     Os cantos melódicos (forma musical), foram inspirados em canções (formatos musicais) populares e fáceis de serem cantados por todos os leigos da igreja alemã, advindos de canções populares e culturais, religiosas e do canto gregoriano católico.

2.     Lutero desprezou apenas aquelas canções populares que se cantavam nas tavernas, mas ainda assim as linhas melódicas, únicas, para flauta, que embora não se constituem um símile (plágio), mas sim, quanto aos compassos e forma melódica, lembram canções populares e folclóricas de fácil manejo e execução pelo povo leigo.

3.     OBS: Corrijo, RETIFICANDO minha afirmação sobre a melodia “A camponesa” para a comparação com a marcha “A marselhesa” – A forma melódica advém de formatos de canções populares, não a letra, mas a forma (linhas, compassos, tonalidades, entre outros).

4.     O hino de Lutero se tornaria uma canção tão popular, que serviria de marcha entusiasta até para avanços militares.

5.     Percebo que a igreja tem uma inclinação para uma tendência mímica com a música que se consolida na cultura, no entretenimento de um povo. Copiar o modelo e flertar com seus propósitos, embora não seja o correto, tem sido algo muito comum nos corredores evangelicalistas.

6.     A música e a musicalidade avançam, novos meios, novos métodos, novas informações, tecnologias, novos leigos informatizados, enfim. Sinto-me um aprendiz para chegar ao ponto de equilíbrio, em que possa servir minha geração conforme os desígnios divinos no conteúdo musical. Rogo a Deus por sabedoria e humildade para lidar com Seu rebanho.

7.     Existe sim, um DESAFIO, para sustentar a fé reformada dentro de uma concepção de “fé musical reformada”, e à medida em que debatemos o tema, nos aproximamos mais de uma postura biblicamente correta.

 

 

 

 

Att, em Jesus,

Walter de Sousa

Gyn,20/08/22

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A máquina pública e o CAD único (07/12/21 GYN)

Somente agora, aos 58 anos, é que estou começando a entender a máquina pública. Um sistema que levou dezenas de milhares de anos para evoluir-se e chegar onde estamos.

Não importa o regime político em que ela está fundada, ela é, e sempre será a “máquina pública”. Um monstro que se esconde sob o manto da governança da “coisa” pública, ou, da coisa do cidadão, do patrimônio do cidadão. Este “monstro” criou para si mesmo uma blindagem que impede os donos de fato (o povo, ou, cidadãos), de interferirem na gestão dos seus próprios bens (a coisa pública).

Enquanto assistia o jornal “Bom Dia...”, às 06 da manhã, deparei-me com uma reportagem em que um secretário tentava explicar porque os cidadãos não conseguiam realizar suas inscrições no Cadastro Único, do governo federal.

Bom, começamos pela falta de estratégia, planejamento, treinamento do pessoal para atendimento, criação de impedimentos, desorganização, desinteresse, e muito mais que não quero, nem precisa enumerar aqui.

Uma fila quilométrica de pessoas, gestantes, anciãos de todas as melhores idades, jovens, gente gorda, magra, doentes, cadeirantes, etc. Expostas ao tempo instável, sobre o chão batido ou sobre calçadas quebradas, esperando para serem atendidas por dois funcionários assentados em cadeiras de “boteco”, daquelas doadas por cervejarias, atendendo em mesinhas de “boteco”, isto no período incansável das 08 da manhã até ao meio dia, brincadeira! Que empresa privada tem tal atendimento? Nem as bancas de “jogo-do-bicho”, até mesmo a marginalidade do trafico trata seus clientes com mais eficiência do que o que vi hoje pela manhã.

Pior, foram as desculpas dadas pelo secretário da pasta, que nem sei de onde saiu, um engomadinho destes recém saídos dos concursos públicos, ou talvez contratado pela atual gestão, destes que não sabem o que é pobreza, exclusão social, limitação funcional, fome, e outras carências. Pois, estes engomadinhos tiveram berços que os possibilitaram não passarem pelas fraquezas destes mortais que vivem de fila em fila, chegaram aos seus cargos porque foram privilegiados por virem de famílias abastadas, por terem elevado “QI” (Quem indica), e agora fazem parte deste processo do monstro social que devora o cidadão. É bem verdade, que nem todos os funcionários públicos fazem parte desta milícia dominantes da máquina pública, há muita gente do bem e que pensa nos seus patrões (o povo), antes de pensar em si mesmo.

Com ênfase no seu trabalho, o engomado destacou a criação de um aplicativo, porque agora o “boom” do momento, para enfatizar que o sujeito é preparado pa administração de qualquer coisa, ele tem que possuir o destaque de ter criado o “aplicativo”, que não passa de uma forma de transferir para o coitado do usuário a responsabilidade do fracasso. Se nada der certo é porque ele não sabe usar o aplicativo, não sabe baixar o aplicativo, não sabe instalar o aplicativo, não sabe acessar o aplicativo, o celular não tem capacidade para rodar o aplicativo, a internet não suporta o aplicativo, a internet está travando o aplicativo, a empresa que criou o aplicativo não destravou o aplicativo, o site da hospedagem do aplicativo está com problemas, e por ai vai...

Os próprios funcionários atendentes, não conseguem administrar o tal aplicativo, imagina as pessoas que nem sabem ligar um computador, mal dão conta de falar ao celular? Transferir a responsabilidade de atendimento aos próprios usuários, é o mesmo que o empregado dar as ordens ao patrão.

Chega!!!

Já deu!!

Está passando da hora de mudarmos o rumo desta proza... A população deve pronunciar-se em favor destes cidadãos que não podem mais viverem escravos destes arranjos ineficazes dos governos federais, estaduais e municipais.

Sei que minha fala é quase nada neste labirinto de abuso que se tronou a máquina pública, mas, ainda que não possa resolver tudo, poderei ser ouvido por alguém que, no futuro ou no presente, muito poderá fazer pelo povo que tanto precisa!

Temos pressa, ajude o povo do seu tempo e o povo dos tempos seguintes!


quarta-feira, 28 de abril de 2021

Analise Social - Pátria Ideal


Analise Social - Pátria Ideal

A Bíblia Responde: " Deus te Abençoe!"


A BIBLIA RESPONDE: "Deus te abençoe" ?